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Obesidade infantil é assunto de saúde pública no mundo e precisamos discutir esse assunto tão sério.

No Brasil, dados do Programa Escola Saudável mostram que em vários Estados brasileiros, cerca de 23% das crianças da 1 à 4 séries do ensino fundamental apresentam excesso de peso, e a obesidade atinge cerca de 10%.

Conceitualmente, a obesidade pode ser classificada como o acúmulo de tecido gorduroso, localizado em todo o corpo, causado por doenças genéticas, endócrino- metabólicas ou por alterações nutricionais.

Crianças obesas estão expostas a estigmas de peso e podem ser vulneráveis a efeitos psicológicos, como depressão, e efeitos sociais, como o isolamento.  A obesidade infantil pode trazer também outras consequências da obesidade para as crianças, entre as quais apneia obstrutiva do sono, problemas ortopédicos, diabetes do tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Para combater a obesidade infantil, o governo brasileiro busca atingir três metas:

  • deter o crescimento da obesidade na população adulta;
  • reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta;
  • ampliar em no mínimo 20% o percentual de adultos que comem frutas e hortaliças regularmente.

Os pilares fundamentais no tratamento da obesidade infantil são as modificações no comportamento e nos hábitos de vida (tanto da criança como se possível, da família), que incluem mudanças nos planos alimentar e atividade física. Em termos práticos, a melhor estratégia parece ser uma abordagem multidisciplinar do problema, envolvendo diferentes especialistas de todas as áreas:

Mobilização da comunidade médica: os pediatras podem encorajar, apoiar e proteger o aleitamento materno, incentivar hábitos alimentares saudáveis e atividade física, e recomendar limitações na exposição à televisão e a internet.

Envolvimento das famílias: Toda a família deve estar envolvida. Pais e mães fazem coisas incríveis no dia a dia por seus filhos. Mesmo cansados, às vezes até exaustos, são capazes de tudo por eles. O amor pode ajudar a vencer a Obesidade Infantil. Os pais precisam estar mais próximos dos seus filhos, ajudando, brincando, fazendo novas receitas e educando. Os pais exercem uma forte influência sobre a ingestão de alimentos pelas crianças.

Combate ao sedentarismo: A criança e o adolescente tendem a ficar obesos quando sedentários. Hábitos sedentários, como assistir televisão e jogar video game, contribuem para uma diminuição do gasto calórico diário.

Menos horas em frente à TV! A televisão ocupa horas vagas em que a criança poderia estar realizando outras atividades. Há estudos que relacionam o tempo gasto assistindo televisão e a prevalência de obesidade. A taxa de obesidade em crianças que assistem menos de 1 hora diária é de 10%, enquanto que o hábito de persistir por 3 a 5 horas por dia vendo televisão está associado a uma prevalência de cerca de 35%.

Exercício regular e atividade física: A atividade física, mesmo que espontânea, é importante na composição corporal, porque  aumenta a massa óssea, e previne a osteoporose e a obesidade. O aumento da atividade física é uma meta a ser seguida, acompanhada da diminuição da ingestão alimentar. Geralmente a criança obesa é pouco hábil no esporte. Nestes casos é preciso ter criatividade e propor atividades mais lúdicas, como descer escadas do edifício onde mora, jogar balão, pular corda, caminhar na quadra, além de ajudar nas tarefas domésticas.  A criança precisa encontrar a atividade física que mais lhe dá prazer, esta atividade não precisa ser competitiva. Muitas crianças se sentem melhor em aulas de natação e judô, por exemplo, do que em esportes de quadra.

Alimentação saudável: Na primeira infância, recomenda-se que os pais forneçam às crianças refeições e lanches saudáveis, balanceados, com nutrientes adequados e que permitam às crianças escolher a qualidade e a quantidade que elas desejam comer desses alimentos saudáveis.

Vigilância alimentar:  regulamentar a venda de alimentos nas cantinas escolares para garantir a oferta de produtos saudáveis e com baixo teor de gordura, açúcar e sódio.

Educação e campanhas de prevenção da obesidade:  A educação é o instrumento mais valioso e eficaz para bloquearmos o aumento da incidência da obesidade e suas complicações.

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